Siemens desenvolve “supercérebro” para carros elétricos
A Siemens está a desenvolver uma tecnologia que pretende transformar os carros elétricos em ‘computadoresmóveis’ controlados por um computador central que funciona como um “supercérebro”. Este projeto é mais um passo no caminho do futuro, assente em digitalização, que promete revolucionar e simplificar a arquitetura eletrónica dos carros no futuro possibilitando o acesso a todos os sensores do veículo.
GCI @ 13-8-2014 12:09:04
Num projeto designado por ‘RACE’ (Robust and Reliant Automotive Computing Environment for Future eCars), desenvolvido pelo departamento central de investigação da Siemens e o fabricante de veículos elétricos StreetScooter, estão a ser desenvolvidos e testados novos conceitos neste domínio.
O objetivo do projeto RACE é simplificar substancialmente a arquitetura eletrónica, cada vez mais complexa, dos automóveis. Atualmente, um veículo de gama média pode incorporar mais de 70 si stemas de comando diferentes, os quais estão todos ligados em rede entre si . Além disso, existem milhares de subfunções que são executadas e que comunicam com estes sistemas de comando. No projeto RACE, pelo contrário, os veículos são comandados por uma arquitetura de computação centralizada. A abordagem é semelhante aos sistemas fly-by-wire e a outras tecnologias que se utilizam nos aviões de hoje. Uma arquitetura de software uniforme permitiria criar rápida e facilmente novas funções. Além disso, as funções de software poderiam ser enviadas para os veículos tal como se faz com os telefones inteligentes e incluiriam tanto software de infotainment, como funções críticas de segurança tais como sistemas de assistência ao condutor. A tecnologia RACE também torna a condução autónoma muito mais simples, além de permitir que fabricantes de veículos em lotes especialmente pequenos, possam satisfazer, de forma rápida e flexível, os desejos dos clientes.
No final de 2014 os parceiros deverão apresentar uma descrição teórica do hardware, software, esquema do sistema e integração de sensores, bem como dois protótipos do conceito desenvolvido. Um primeiro protótipo deverá mostrar a ‘Evolução’, ou seja, a transição da arquitetura atual para a futura e um segundo protótipo mostrará a ‘Revolução’ – uma arquitetura totalmente nova desenvolvida de raiz e implementada num veículo.
"Estamos certos de que a tecnologia RACE tem um enorme potencial, que poderá revolucionar o design dos automóveis do futuro", afirma o Professor Armin Schnettler, que coordena o projeto no departamento Corporate Technology, o centro de investigação da Siemens. "Contamos que no futuro seja utilizado hardware normalizado e aplicações flexíveis, o que reduzirá significativamente o tempo de desenvolvimento, permitindo ao mesmo tempo aumentar a personalização — não só na indústria automóvel como noutras áreas também." A StreetScooter espera que a tecnologia RACE ajude a desenvolver e a adaptar de forma rápida, flexível e económica novas funções para os seus carros.
A Siemens é líder do consórcio do projeto de investigação que integra ainda diversos parceiros aca-démicos, projeto que é também financiado pelo Ministério Federal de Economia e Energia alemão. O projeto conta ainda com parceiros como a AVL Software and Functions GmbH, fortiss GmbH, Socie-dade Fraunhofer, TRW Automotive, RWTH Aachen, TU Munique e a Universidade de Estudgarda. Com um custo de aproximadamente 20 milhões de euros, foi lançado em 2012 e decorrerá até ao final de 2014.
I&D da Siemens permite nível record de patentes
O investimento global da Siemens em Investigação & Desenvolvimento (I&D) aumentou para 4,3 mil milhões de euros no ano fiscal de 2013, representando 5,7 por cento das receitas. Este investimento levou a que o número de patentes detidas pela Siemens tivesse atingido um nível recorde, com o núme-ro de registos concedidos para as áreas de operações em curso a aumentar para 60.000.
Em Portugal, a Siemens tem, todos os anos, dezenas de colaboradores envolvidos em projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) e investe mais de um milhão de euros nesta área, tendo fomentado mais de 70 parcerias com instituições académicas, científicas e industriais de Portugal. Estas parcerias já ajudaram a promover mais de 100 projetos de IDI, alguns dos quais desenvolvidos por estudantes de Mestrado, Doutoramento e Pós-Doutoramento e investigadores com Bolsas de Investigação.
GCI @ 13-8-2014 12:09:04
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