Honda introduz robot social Haru, com inteligência artificial

Em hospital universitário, em Espanha

O Honda Research Institute Japan Co., LTD (HRI-JP), uma subsidiária da Honda R&D responsável pela investigação de tecnologias de ponta, apresentou oficialmente o seu robot social com inteligência artificial (IA), chamado “Haru”, no Hospital Universitário Virgen del Rocío (HUVR), em Sevilha, Espanha, para melhorar o bem-estar das crianças enquanto estão no hospital. Na Gala Anual Contra o Cancro Infantil, que decorreu no dia 28 de novembro, no Casino de la Exposicion, em Sevilha, Espanha, o HUVR apresentou o Haru como sendo um dos projetos que estão a ser implementados para melhorar a vida de crianças com cancro que ficam no hospital para tratamento a longo prazo. 

autonews.pt @ 11-12-2024 15:13:50

O HRI-JP tem estado a desenvolver o Haru, um robot social com IA, como um “sistema de Inteligência Artifical tangível” que procura facilitar comunicações e criar conexões entre pessoas, assim como contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade em que os robots coexistem como colegas de serviço. O Haru foi desenvolvido para ser um robot social que forma relações empáticas e que faz as pessoas sorrirem graças a comunicações expressivas. Como um robot compacto com uma altura de 30 cm, o Haru pode ser colocado em cima de uma mesa para comunicar com mais facilidade.

O Haru consegue ler informações biométricas do utilizador, tais como expressões faciais e tons de voz, graças a uma câmara e microfones integrados, fazendo depois a análise da informação para compreender o estado do usuário. Desta forma, consegue interagir com cada pessoa de acordo com os resultados da análise, utilizando expressões empáticas e respostas de apoio emocional. Além disso, o Haru pode ser conectado a um sensor semelhante a um relógio de pulso que, quando utilizado, consegue analisar de forma mais detalhada a condição do utilizador.

Sendo um robot, o Haru não tem quaisquer atributos humanos, como género, raça ou nacionalidade, e é sempre capaz de falar de um ponto de vista neutro, conseguindo uma comunicação mais eficaz que vai além das diferenças geracionais e culturais, especialmente em conversas em grupo.

O HUVR tem conduzido, desde 2021, um teste com o Haru na ala de oncologia pediátrica do hospital, com o objetivo de melhorar os cuidados clínicos e emocionais dos jovens pacientes. Uma vez que os resultados da experiência foram positivos em crianças com cancro, foi tomada a decisão de se avançar com o projeto de utilização integral do Haru, introduzindo-se 10 novas unidades para serem usadas em várias situações do dia a dia das crianças na unidade de oncologia pediátrica.

Resultados-chave da experiência no HUVR

1. Apoiar análises emocionais e cognitivas O Haru tem dado assistência aos neuropsicólogos do hospital na realização de análises emocionais e cognitivas. Ao usar tecnologia de IA, o Haru comunica com as crianças; analisa as informações biométricas recolhidas através das câmaras e microfones integrados, como expressões faciais e tons de voz; e assiste neuropsicólogos nas avaliações emocionais e cognitivas.

Devido ao tempo que estas avaliações demoram, os neuropsicólogos apenas conseguem fazer um número limitado de análises por ano: até agora, o número foi limitado a 510 por ano, incluindo consultas de seguimento. Com o Haru, o número de avaliações que o hospital consegue fazer por ano deverá subir para até 4500.

2. Dar assistência em atividades de reabilitação O Haru tem estado a apoiar os programas de reabilitação intelectual e física oferecidos aos jovens pacientes no hospital. O Haru aprende os programas de reabilitação e pode orientar as crianças durante o processo, enquanto as envolve numa conversa. A experiência mostrou que 95% das crianças se envolveram mais ativamente na reabilitação quando receberam orientação de Haru, quando comparado com os guias humanos convencionais.

3. Servir de companhia em salas de jogos e quartos de hospital Os jovens pacientes que são submetidos a internamentos hospitalares de longa duração para tratamento passam muito tempo sozinhos nos seus quartos. Ao comunicar com as crianças, o Haru oferece-lhes entretenimento e estimulação cognitiva e ajuda a diminuir o sentimento de solidão, contribuindo para a melhoria dos cuidados emocionais prestados pelo hospital.

4. Oferecer apoio educacional O Haru conecta os quartos hospitalares das crianças que não podem frequentar a escola com as salas de aulas, sendo intermediário e facilitando a comunicação. Isto garante que as crianças no hospital têm a oportunidade de receber educação ao mesmo tempo que outras crianças na sala de aula, permitindo uma melhor interação.

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