Temporada 11 da Fórmula E arranca em S.Paulo com novidades

A pista traçada nem redor do Sambódromo do Anhembi vai dar o ‘pontapé de saída’ para a temporada 11 da Fórmula E, com novidades tanto no campo técnico como no desportivo. A nova época conta com a presença de oito dos nove Campeões do Mundo de Fórmula E já coroados num confronto que se inicia ainda em 2024 e que terminará em Julho do próximo ano, com passagens por três continentes. O calendário tem início no calor de S. Paulo e final, de novo, na pista original do ExCel, em Londres. Pelo meio fará a visita tradicional à Cidade do México, estreia-se em Jeddah, na Arábia Saudita, no lugar de Riade (Diriyah), regressa a Miami e a Jakarta, repete Tóquio e Shangai e terá, em estreia, jornada dupla no Mónaco, numa das apenas três paragens europeias deste mundial, para além de Berlim e Londres.

TRAÇÃO TOTAL

A estreia do GEN3-EVO irá concentrar as atenções nesta primeira saída. O novo monolugar – uma evolução da terceira geração da F-E – apresenta algumas alterações relativamente ao predecessor, nomeadamente a possibilidade de, em momentos selecionados, recorrer à tração integral (uma novidade absoluta neste campeonato): nos treinos livres, nos duelos da qualificação (mantém-se o formato anterior), na partida (até à primeira curva) e nos momentos de ativação de Attack Mode, o GEN3-EVO vai estar com quatro motrizes e 350 kW de potência! 

A potência base mantém-se (300 kW em modo corrida e na fase de grupos de qualificação), sendo a capacidade de regeneração de energia para a bateria (600 kW) garantida pelas quatro rodas. A carroçaria sofreu algumas ligeiras alterações, de modo a melhorar a eficácia aerodinâmica e, esperamos, a torná-la mais resistente aos constantes toques que se verificam durante as provas.

PIT BOOST

A maior novidade da Temporada 11 acontecerá, no entanto, no plano desportivo. Finalmente, após alguns anos de amadurecimento da ideia e da busca das condições técnicas para tal, iremos assistir a paragens para reabastecimento (carga de energia) durante as corridas da Fórmula E. Trata-se de um ‘pit-stop’ que acontecerá numa janela temporal determinada pela organização durante a qual as equipas poderão chamar os seus pilotos para uma carga rápida – o Pit Boost (e não Attack Charge, como chegou a estar previsto chamar-se). Trata-se de mais um dado competitivo a ter em conta pelos estrategas das equipas para além da gestão de energia constante e da ativação, em dois momentos, do ‘Attack Mode’ que já se verificavam antes.

Este Pit Boost acontecerá em eventos selecionados e apenas em ‘jornadas duplas’, ou seja, nos eventos que contam com duas corridas num fim de semana (não é o caso do Brasil), uma delas terá paragens na box para uma carga rápida.

Pascal Wehrlein (Porsche), entre os pilotos, e a Jaguar, nas equipas, irão iniciar a defesa dos respetivos títulos num ano em que será introduzido o Campeonato de Construtores. 

O piloto mais vitorioso da época anterior, António Félix da Costa, Campeão da Temporada 6 estará novamente à partida, de novo como piloto oficial da Porsche. O piloto português espera poder continuar a ‘surfar’ uma ‘boa onda’ como aconteceu na segunda metade da Temporada 10.