Lamborghini REVUELTO: High Performance Electrified Vehicle

O primeiro superdesportivo V12 HÍBRIDO HPEV

No ano do 60º aniversário da marca, a Lamborghini apresenta o Revuelto, o primeiro superdesportivo V12 híbrido plug-in HPEV (High Performance Electrified Vehicle – Veículo Eletrificado de Alta Performance). O Revuelto define um novo paradigma em termos de performance, desportividade e prazer de condução, fruto da sua nova arquitetura sem precedentes; de design inovador; de aerodinâmica com a máxima eficiência; e de um novo conceito de chassi em carbono. Uma potência de 1015 cv é disponibilizada pelo rendimento combinado de um motor de combustão totalmente novo com três motores elétricos, juntamente com uma caixa de velocidades de dupla embraiagem, que faz a sua estreia num Lamborghini de 12 cilindros.

autonews.pt @ 30-3-2023 12:35:52

A sistema de propulsão combina elementos de elevada potência específica: o novo motor de combustão, com 128 cv/litro, trabalha em sinergia com dois motores dianteiros de fluxo axial, que entregam uma notável relação peso/potência, e com um motor elétrico de fluxo radial, posicionado acima da primeira caixa de oito velocidades e dupla embraiagem, que faz a sua estreia num Lamborghini de 12 cilindros. Os três motores elétricos são alimentados por um pack de baterias de iões de lítio de elevada potência específica (4500 W/kg), que também suporta um modo de condução totalmente elétrico.

A fibra de carbono, produzida mediante manufatura artesanal na fábrica de Sant’Agata Bolognese, é o principal elemento estrutural do novo modelo, sendo utilizada não só na monofuselagem e no chassi, mas, também, em todos os elementos da carroçaria, à exceção das portas e dos para-choques. O uso extensivo de fibra de carbono e materiais leves, combinado com a elevada potência do grupo motopropulsor, contribui para o alcançar da melhor relação peso/potência da história da Lamborghini: 1,75 kg/cv.

O novo Revuelto combina estes atributos para oferecer prestações de topo para o seu segmento: aceleração 0-100 km/h em apenas 2,5 segundos; 0-200 km/h em menos de 7 segundos; e uma velocidade máxima superior a 350 km/h.

O Revuelto traz, hoje, para a estrada, o futuro do design da Lamborghini. Mantém-se fiel ao exclusivo ADN do design da Lamborghini, mas cria uma linguagem estilística inteiramente nova. A sua nova forma faz a ligação aos emblemáticos e lendários modelos V12 da Lamborghibni do passado, ao passo que as novas proporções abrem a porta para o futuro.

Personalização

O Revuelto é o modelo de produção da Lamborghini que oferece o maior potencial de personalização. Na verdade, são oferecidas 400 cores de carroçaria, juntamente com muitas mais opções de personalização que estão à disposição do cliente, permitindo a criação de superdesportivo inteiramente individualizado. A desportividade sustentável do Revuelto não se fica pela especificação técnica da motorização híbrida plug-in: todas as tintas utilizadas são à base de água, ao invés de à base de solventes.

A ‘sustentabilidade’ tem continuidade em todo o interior do veículo, refletindo a atenção dispensada pela empresa no sentido de evitar resíduos, que se tornou no modus operandi do universo Lamborghini. Tal inclui materiais de revestimento, cortados na “selleria” Lamborghini fazendo uso de maquinaria de última geração: algo que limita, tanto quanto possível, os resíduos, sem afetar os processos de manufatura e de bordado, nos quais o ‘feito à mão’ se mantém como um ponto de excelência da Lamborghini.

O habitáculo é caraterizado pela presença de fibra de carbono visível, utilizada no painel frontal, nas saídas de ventilação, e para emoldurar o tabliê e as saídas de ventilação centrais. Os revestimentos combinam finas peles com o novo tecido ultraleve Corsa-Tex em microfibra Dinamica®, fabricado a partir de poliéster reciclado através de um processo de produção à base de água.


Aerodinâmica

Função e estilo partilham uma missão singular no Lamborghini Revuelto: a eficiência aerodinâmica. A nova disposição do superdesportivo implica requisitos de design distintos, por comparação com o Aventador, os quais influenciaram o desenvolvimento aerodinâmico do modelo. O desenvolvimento baseou-se em quatro pilares: eficiência; sinergia entre os componentes; integração entre os componentes; e design.

Uma ótima eficiência foi alcançada através da combinação de uma elevada sustentação negativa (downforce) e de um arrasto minimizado. Um dos elementos-chave desta estratégia é a nova asa traseira ativa, criada para garantir a melhor performance aerodinâmica em todas as condições de condução. Por este motivo, foram desenvolvidos atuadores inteiramente novos, que gerem de forma ótima a carga em todas as situações, graças a três diferentes configurações.

A posição da asa muda de acordo com o modo, e com a dinâmica, de condução, ou pode ser alterada manualmente pelo condutor, de acordo com a sua preferência, fazendo uso do rotor específico existente no volante. A posição ‘closed’ garante a mínima resistência, por exemplo, quando se conduz no modo elétrico. Esta posição é, também, a mais adequada para a economia de combustível. Quando a asa está na posição “low drag position”, o arrasto a alta velocidade é mínimo, assim melhorando os valores de velocidade máxima, ao mesmo tempo assegurando a máxima estabilidade. A posição “high downforce position”, por outro lado, maximiza a downforce para otimizar a agilidade e o comportamento do Revuelto.

Na traseira, as duas condutas NACA, situadas à frente das rodas traseiras, captam fluxo do fundo do veículo, e dirigem-no para as condutas de refrigeração dos travões traseiros.

O tejadilho em fibra de carbono também desempenha um importante papel aerodinâmico, com uma função estrutural que melhora a habitabilidade. O desenho do perfil de asa, com parte central oca, direciona ar para as tomadas de ar traseiras, e, consequentemente, para o inversor e para o motor elétrico, integrados na caixa de velocidades, enquanto que os volumes laterais do tejadilho proporcionam mais espaço para a cabeça, tanto do condutor, como do passageiro. 

Monofuselagem

O Revuelto tem por base um novo chassi inspirado na aeronáutica, a ‘monofuselagem’. Além de uma monocoque inteiramente construída em fibra de carbono multi-tecnologia, apresenta uma estrutura frontal em compósitos forjados Forged Composites, um material especial, feito de fibras de carbono curtas embebidas em resina. Esta tecnologia foi patenteada, e utilizada pela Lamborghini, nas suas primeiras aplicações estruturais, logo em 2008.

A monofuselagem representa um importante passo em frente relativamente ao Aventador, em termos de rigidez torsional, leveza e dinâmica de condução. E o que é mais, o Revuelto é o primeiro automóvel superdesportivo equipado com uma estrutura dianteira 100% em fibra de carbono: a fibra de carbono é utilizada, também, nas estruturas dos cones dianteiros, para garantir um nível de absorção de energia que é significativamente mais elevado do que o de uma estrutura metálica tradicional – o dobro do subchassi dianteiro em alumínio do Aventador –, combinado com uma substancial redução do peso.

De facto, a monofuselagem do Revuelto é 10% mais leve do que o chassi do Aventador, e o subchassi dianteiro é 20% mais leve do que o seu predecessor, em alumínio. A rigidez torsional também foi melhorada, com um valor de 40 000 Nm/°, um acréscimo de 25% por comparação com o Aventador, e garantindo as melhores capacidades dinâmicas da classe.

O conceito subjacente ao desenvolvimento da nova monofuselagem baseia-se na máxima integração entre componentes. A qual é otimizada graças à introdução extensiva de tecnologia de compósitos forjados Forged Composites, bem como como ao desenvolvimento da estrutura monolítica. Esta utilização de fibra de carbono faz com que o Revuelto seja único no panorama dos automóveis superdesportivos: a monocoque, realizada numa única peça, em forma de anel, é fabricada em CFRP (plástico reforçado com fibra de carbono), e forma a estrutura autoportante do automóvel, alojando e conectando os elementos compósitos forjados, como a zona inferior, a antepara corta-fogos dianteira, e o pilar A.

A mais tradicional, mas não menos eficiente, tecnologia de produção de compósitos autoclave, com material pré-impregnado, foi mantida para a construção do tejadilho. A fibra de carbono autoclave satisfaz elevados requisitos técnicos, estéticos e de qualidade, complementados pela manufatura no altamente especializado processo de laminagem manual, resultado de anos de produção interna de componentes em material compósito guiada pela qualidade. Trata-se de uma decisão de fabrico que também oferece ao cliente a máxima versatilidade na personalização do tejadilho.

O subchassi traseiro é construído em ligas de alumínio de alta resistência, e apresenta duas importantes peças fundidas ocas na zona da cúpula traseira: estas integram as torres dos amortecedores da suspensão traseira, e a suspensão da unidade motriz, num único componente, com um perfil de inércia fechado, garantindo uma significativa redução do peso, um incremento da rigidez e uma substancial redução das linhas de soldadura.

O Revuelto representa um novo “ano zero” no que diz respeito ao uso da fibra de carbono na produção automóvel, resumido no acrónimo AIM (Automation, Integration, Modularity).

Sistema de propulsão e disposição

O modelo exibe uma configuração e um grupo motopropulsor sem precedentes: o motor V12 de 6,5 litros naturalmente aspirado, montado em posição central, é complementado por três motores elétricos, um dos quais está integrado na nova caixa de velocidades de dupla embraiagem e oito relações. A qual, por sua vez, está montada transversalmente, e colocada, pela primeira vez, atrás do motor de combustão. No local tradicionalmente destinado ao túnel de transmissão, desde os tempos do Countach, existe, ao invés, uma bateria de iões de lítio que alimenta os motores elétricos.

Os motores elétricos incrementam a entrega de potência a baixa rotação, e também podem converter o novo Revuelto num automóvel puramente elétrico, reduzindo as emissões totais de CO2 em 30%[2] por comparação com o Aventador Ultimae.

Uma arquitetura única

A Lamborghini tem sido sinónimo de motores V12 desde que a empresa foi fundada. O primeiro modelo da Lamborghini a ser animado por este caraterístico motor foi o emblemático 350GT, lançado em 1963. A primeira vez que, num Lamborghini, um motor elétrico foi combinado com um motor de 12 cilindros de combustão interna foi em 2019, com o Sián, que utilizou um motor elétrico de 25 kW para apoiar a anterior geração do V12, armazenando a energia elétrica num supercondensador.

O Revuelto introduz uma arquitetura híbrida sem precedentes, e uma nova geração do V12. O modelo é lançado como o primeiro High Performance Electrified Vehicle - HPEV: um superdesportivo híbrido plug-in, equipado com uma leve bateria de iões de lítio de alta potência, alojada no interior do túnel de transmissão, na secção central do chassi. Trata-se de uma solução inovadora, concebida para reduzir as emissões por comparação com o anterior V12, ao mesmo tempo maximizando a performance.

O novo motor L545 possui uma capacidade de 6,5 litros, e é o mais leve e mais potente propulsor de 12 cilindros alguma vez construído pela Lamborghini. No total, pesa apenas 218 quilogramas: menos 17 quilogramas do que a unidade do Aventador. No Revuelto o motor foi rodado 180 graus, por comparação com a configuração do Aventador.

O V12 superquadrado debita 825 cv às 9250 rotações por minuto, graças ao redesenhado sistema de distribuição, que suporta um regime máximo de funcionamento de 9500 rotações por minuto. A potência específica é de 128 cv por litro, a mais elevada da história dos motores de 12 cilindros da Lamborghini, ao passo que o binário máximo é de 725 Nm às 6750 rotações por minuto.

As condutas de admissão de ar para os cilindros foram reformuladas para incrementar o fornecimento de ar, e garantir um fluxo de ar ótimo na câmara de combustão. A combustão no interior do próprio motor também foi otimizada, graças à regulação da ionização na câmara, com duas unidades de controlo: uma solução já utilizada no Aventador, e que, agora, é transferida para o novo modelo. O novo sistema de combustão é caraterizado, também, por uma aumentada relação de compressão (12,6:1, face aos 11,8:1 do Aventador Ultimae). A dinâmica de fluídos do escape foi, igualmente, melhorada, para reduzir a contrapressão a alto regime, e aumentar a potência específica.

Logo desde os seus primórdios, os automóveis da Lamborghini têm sido famosos pela sua sonoridade única, emocional e inconfundível. Foi dedicada especial atenção à ‘banda sonora’ do novo L545, para enfatizar a tonalidade do motor, já melodiosa a baixa rotação, e, depois, elevando-se a um crescendo harmónico natural.


Tração integral elétrica

O Revuelto conserva uma das mais fortes tradições da Lamborghini: a tração às quatro rodas. Tal como o motor de combustão interna, que transmite potência às rodas traseiras, dois motores elétricos fazem, agora, a sua estreia no eixo dianteiro, cada qual fornecendo tração a uma das rodas dianteiras. Existe, ainda, um terceiro motor elétrico, posicionado acima da caixa de velocidades de dupla embraiagem e oito velocidades, que pode transmitir potência às rodas traseiras, dependendo do modo de condução selecionado e das condições.

O binário combinado do motor de combustão e dos três motores elétricos oferece níveis de performance que são únicos mesmo no domínio dos automóveis superdesportivos, com 725 Nm disponibilizados pelo motor de combustão interna, e 350 Nm por cada um dos motores elétricos dianteiros. No total, a unidade de potência oferece uma potência máxima combinada de 1015 cv.

Os dois motores elétricos na frente são unidades de fluxo axial refrigeradas a óleo, e oferecem uma excecional relação peso/potência: 18,5 quilogramas por cada uma das unidades de 110 kW. Além de transmitirem potência às rodas dianteiras, também possuem uma função de vectorização de binário, otimizando a dinâmica de condução, e recuperando a energia produzida na travagem. Quando no modo elétrico, o Revuelto possui apenas tração dianteira, para otimizar o consumo de energia, enquanto que a tração elétrica do eixo traseiro é ativada quando necessário.

O Lamborghini Revuelto está equipado com um pack de baterias de iões de lítio de alta potência específica (4500 W/kg), instalado no interior do túnel central, mantendo o centro de gravidade tão baixo quanto possível, e garantindo uma ótima distribuição do peso. A bateria está protegida por uma camada estrutural inferior, e está conectada aos motores elétricos dianteiros, ao motor elétrico traseiro, e a uma unidade de recarregamento integrada.

A bateria mede 1550 mm de comprimento, 301 mm de altura e 240 mm de largura, contendo células tipo bolsa com uma capacidade total de 3,8 kWh. Quando a carga cai para zero, pode ser recarregada fazendo uso tanto de uma tomada doméstica comum de corrente alternada, como de uma coluna de carregamento de até 7 kW de potência – neste caso, é totalmente recarregada em apenas 30 minutos. Também pode ser recarregada através da travagem regenerativa das rodas dianteiras, ou diretamente pelo motor V12 em somente seis minutos.

Passar de caixa

A adoção de uma nova plataforma deu lugar a decisões técnicas inovadoras que envolvem a caixa de velocidades: o centro nevrálgico da unidade híbrida plug-in. Para alcançar os seus objetivos, foi desenvolvida pela Lamborghini uma nova unidade de transmissão compacta, capaz de ir de encontro às necessidades de uma tão potente unidade de potência elétrica, e que, depois do Revuelto, irá equipar a próxima geração de automóveis superdesportivos de Sant'Agata Bolognese. A incorporação de uma dupla embraiagem húmida, como a solução mais eficiente e orientada no sentido da performance, garante uma ótima gestão os 725 Nm de binário às 6750 rpm do motor de combustão interna do Revuelto.

A nova caixa de velocidades de oito relações está posicionada transversalmente atrás do motor V12 longitudinal, para deixar espaço no túnel para a bateria de iões de lítio que alimenta os motores elétricos. Trata-se de uma solução técnica única no mundo dos automóveis de alta performance, e coloca a Lamborghini, uma vez mais, na vanguarda da engenharia automóvel. A configuração ajuda a manter contida a distância entre eixos do veículo, e favorece uma eficaz repartição do peso, para a melhor dinâmica de condução.

Nos 60 anos de história da Lamborghini, apenas dois outros modelos V12 foram equipados com uma caixa de velocidades montada em posição transversal traseira: o revolucionário Miura, lançado em 1966, que também adotou uma colocação central-traseira do motor montado transversalmente; e o Essenza SCV12, um hiperdesportivo focado numa utilização em pista, com motor longitudinal e uma caixa de velocidades transversal autoportante.

A estrutura interna da nova caixa de velocidades possui dos veios distintos, por oposição aos habituais três. Um gere as relações pares, e o outro as ímpares. Ambos engrenam o mesmo rotor. Esta disposição ajuda a reduzir o peso total, ao mesmo tempo que permite poupar espaço.

O desenvolvimento de uma transmissão de dupla embraiagem (DCT) de oito velocidades nasce do desejo de criar uma unidade que proporcione tudo o necessário para uma condução desportiva, como trocas de mudança rápidas, ao passo que a inclusão de uma oitava relação ajuda a otimizar o consumo de combustível, e a facilidade de condução a velocidades de cruzeiro.

Atributo particular é a ’redução contínua’, que reduz várias velocidades em travagem, simplesmente mantendo premida a patilha esquerda, transmitindo ao condutor a sensação de total controlo.

Deixando de lado os componentes elétricos, a nova caixa de velocidades DCT é mais leve e rápida, em termos de rapidez na troca de mudanças, quando comparada com a unidade de dupla embraiagem e sete relações que é utilizada na gama Huracán. A disposição transversal também permitiu criar um habitáculo mais espaçoso, criando mais espaço atrás do condutor e do passageiro, para melhorar o conforto.

A caixa de velocidades de dupla embraiagem é extremamente compacta: mede apenas 560 mm de comprimento, 750 mm de largura e 580 mm de altura. O peso total é de somente 193 kg, já incluindo um novo componente fundamental para a arquitetura híbrida do automóvel: o motor elétrico traseiro, com uma potência máxima de 110 kW, e um binário máximo de 150 Nm.

Localizado acima da caixa de velocidades, este motor elétrico também atua como motor de arranque e como gerador, além de fornecer energia aos motores elétricos dianteiros, através da bateria colocada no túnel de transmissão. Em modo totalmente elétrico, também pode transmitir potência às rodas traseiras, o que, somado aos motores elétricos que fazem mover as rodas dianteiras, permite dispor de tração às quatro rodas.

A forma como o sistema funciona depende do modo de condução que esteja selecionado, graças a um mecanismo de desacoplamento com um sincronizador dedicado, que permite a conexão à caixa de velocidades de dupla embraiagem. Quando está a fornecer potência adicional ao motor V12 de combustão interna, o motor elétrico está na posição P3, separado da caixa de velocidades, movendo-se para a posição P2, para recarregar a bateria, a baixas velocidades, e quando está estacionado, servindo, também, como motor de arranque.

Na posição P3, o Revuelto pode tornar-se num automóvel elétrico de quatro rodas motrizes, dependendo do modo de condução selecionado, dando continuidade à tradição da tração integral da Lamborghini mesmo no modo elétrico.

A marcha-atrás é assegurada pelos dois motores elétricos dianteiros, ainda que, caso seja necessário um impulso extra, o motor elétrico traseiro também possa entrar em ação, ativando o eixo e as rodas traseiras. Em resultado, o novo Revuelto pode acionar todas as quatro rodas em modo elétrico, mesmo quando a fazer marcha-atrás em condições de baixa aderência.


Experiência de condução absoluta

O Revuelto foi concebido e desenvolvido para oferecer uma emoção e um controlo absolutos em todas as situações, e em todas as condições de aderência, proporcionando ao condutor um nível de confiança e uma ligação com o veículo nunca antes experimentados.

As inovações que colocam o Revuelto no apex da sua categoria incluem a arquitetura e o equilíbrio da viatura; a inovadora abordagem à conceção do chassi e da aerodinâmica; e a nova motorização híbrida, que permite maximizar o apoio dos motores elétricos, e introduz novos modos de condução, incluindo tração integral elétrica, para um total de 13 diferentes experiências de condução.

O automóvel conta com uma configuração sem precedentes: um motor V12 atmosférico de 6,5 litros montado em posição central, três motores elétricos, dois dos quais situados no eixo dianteiro e-axle, e um integrado na nova transmissão de 8 velocidades e dupla embraiagem, montada, pela primeira vez, atrás do motor de combustão, e transversalmente ao V12. O túnel, um espaço tradicionalmente reservado à caixa de velocidade desde a era do Countach, é agora o local onde está colocada uma nova bateria de iões de lítio com uma muito elevada potência específica, que alimenta os motores elétricos.

A nova arquitetura permite uma ótima distribuição do peso (44% na frente, e 56% atrás), aproximando-o do centro de gravidade, e otimizando o comprimento da distância entre eixos, o que resulta num equilíbrio perfeito, que torna o Revuelto extremamente ágil e efetivo, tanto em estrada, como nas curvas de um circuito.

Graças ao eixo dianteiro elétrico e-axle, com o Revuelto, a Lamborghini introduz a vectorização de binário elétrica pela primeira vez na sua história, e inaugura o sistema Lamborghini Dinamica Veicolo 2.0. A vectorização de binário elétrica incrementa a agilidade do veículo em curvas fechadas, assim como a sua estabilidade em curvas de alta velocidade, repartindo otimamente o binário por cada roda, e trabalhando em sinergia com o sistema de direção às quatro rodas.  Adicionalmente, ao contrário dos sistemas convencionais, a nova vectorização de binário intervém sobre os travões apenas quando estritamente necessário, para maximizar a eficácia e garantir um estilo de condução mais natural, assim como um nível de performance ainda mais elevado. Em travagem, o e-axle e o motor elétrico traseiro contribuem para a desaceleração, reduzindo o stress sobre os travões, ao mesmo tempo recarregando a bateria.

O chassi também contribuo substancialmente para a dinâmica do veículo. O Revuelto é o primeiro Lamborghini a ser equipado com a nova monofuselagem inspirada na aviação, uma estrutura ultra-ligeira integralmente em fibra de carbono (pesa menos 10% que o chassi do Aventador), que combina um elevado desempenho em termos de absorção de energia com uma incrementada rigidez torsional (+25% por comparação com o Aventador), tornando o Revuelto excecionalmente estável, e contribuindo para a sensação global de compactidade e responsividade do automóvel.

A aerodinâmica ativa desempenha um papel essencial, alcançando novos níveis de eficiência e de downforce: +61% e +66%, respetivamente, em situações de elevada carga, por comparação com o Aventador Ultimae, graças, especialmente, ao splitter dianteiro e ao desenho do tejadilho, que canaliza o fluxo de ar para a altamente eficiente asa traseira. A aerodinâmica trabalha em sinergia com a suspensão por triângulos sobrepostos semi-ativa, controlada pelo Sistema Lamborghini Vertical Control, especificamente concebido para o Revuelto, o qual gere eletronicamente as alterações de força vertical, como súbitas transferências de carga em condução em pista, adaptando, em tempo real, o comportamento da suspensão e da asa traseira.

Para responder às situações da mais elevada performance, o sistema de travagem, e o sistema de arrefecimento dos travões, também foram redesenhados. O veículo conta com a mais recente geração de travões carbono-cerâmicos CCB Plus (Carbon Ceramic Brakes Plus). As pinças dianteiras, com dez pistões, em vez de seis, são combinadas com discos de 410x38 mm (em lugar dos anteriores de 400x38 mm do Aventador Ultimae); e, na traseira, existem pinças de 4 pistões e discos de 390x32 mm (ao invés dos anteriores de 380x38 mm). Os discos estão cobertos por uma camada de fricção, para um melhor desempenho, uma melhor gestão térmica e um melhor conforto acústico em travagem.

A aerodinâmica contribui para a eficácia do sistema, uma vez que as duas lâminas na suspensão dianteira, e a grelha no interior dos guarda-lamas, foram concebidas não só para melhorar o arrefecimento dos travões dianteiros – a lâmina retira ar do difusor dianteiro, e canaliza-o para o travão –, como foram moldadas para reduzir a resistência no interior das cavas das rodas, limitando qualquer fenómeno de compressão, ao mesmo tempo incrementando a carga sobre a frente. Adicionalmente, as duas condutas NACA, situadas à frente das rodas traseiras, recolhem o fluxo do fundo do veículo, e direcionam-no para as condutas de arrefecimento dos travões traseiros.

Em estreia, juntamente com o sistema híbrido, estão três novos modos de condução dedicados: Recharge, Hybrid e Performance, a serem combinados com os modos Città (Cidade), Strada, Sport e Corsa, selecionáveis através dos dois rotores colocados no redesenhado volante, para um total de 13 configurações dinâmicas, que sublinham as diferentes personalidades do Revuelto, e o seu potencial, dependendo da situação, e do tipo de estrada, ou circuito, em que seja conduzido.

Città, por exemplo, é o modo de condução concebido para a condução diária em centros urbanos, também com zero emissões; caso a bateria de iões de lítio, que alimenta os motores elétricos, necessite de ser recarregada, e não existam postos de carregamento disponíveis, o V12 intervém para recarregá-la na totalidade (modo Recharge) em poucos minutos. Tal torna possível, por exemplo, aceder a centros históricos de cidades, com restrições em termos de emissões, em modo elétrico. O sistema de suspensão, o controlo de tração e a caixa de velocidades proporcionam o máximo conforto, tal como o reduzido arrasto aerodinâmico faz com que o modo Città seja o mais eficiente em termos de consumo de combustível, com a potência máxima limitada a 180 cv.

O modo Strada adequa-se na perfeição a uma condução quotidiana dinâmica e a longas viagens, combinando um elevado conforto com uma elevada desportividade, e oferecendo até 886 cv de potência. O V12 está permanentemente ativo, garantindo, também, um estado constante de recarregamento da bateria, que é otimizado, e levado ao máximo, no modo Recharge. O eixo dianteiro e-axle suporta a vectorização de binário e o trabalho da aerodinâmica ativa, para proporcionar a máxima estabilidade a alta velocidade, por exemplo, em autoestrada.

A seleção do modo Sport altera a personalidade do Revuelto, e o comportamento do veículo é ajustado para oferecer uma emocionante experiência de condução, com uma orientação de diversão ao volante e responsividade em cada um dos três modos combináveis: Recharge, Hybrid e Performance. O motor de combustão, auxiliado pelo sistema híbrido, está ativo em todas as três situações, entregando um máximo de 907 cv de potência, com a sonoridade do V12 a ser expressa nos seus tons mais empolgantes. A caixa de velocidades reage com máxima reatividade, enquanto que a suspensão e a aerodinâmica incrementam a agilidade do veículo e o prazer de condução em curva.

O pináculo do dinamismo, e do débito de potência, tanto em termos de performance como de sonoridade, é alcançado no Corsa, o modo de condução concebido para destacar as capacidades dinâmicas do Revuelto em pista. No modo Performance, o grupo motopropulsor exprime o máximo do seu potencial ao disponibilizar 1015 cv, e o controlo do sistema híbrido está calibrado para tirar o máximo do eixo dianteiro e-axle, tanto em termos de vectorização de binário como de tração integral, para uma condução ultra desportiva, porém, acessível. No modo Corsa Recharge, é possível dar prioridade à bateria, maximizando o respetivo recarregamento. Para condutores mais experientes, é, igualmente, possível desativar o ESC, para experienciar a máxima potência disponível sem controlos ativos, e sentir a emoção de um arranque parado a fundo, graças à função ‘launch control’, que pode ser ativada mantendo premido o botão existente no centro do rotor esquerdo. 

Pneus

O parceiro de pneus da Lamborghini para o Revuelto é a Bridgestone, que desenvolveu pneus Potenza Sport sob medida para aprimorar as competências desportivas e a alta velocidade do novo modelo.

Os pneus premium Potenza Sport de alta performance estão disponíveis nas medidas 265/35 ZRF20 para o eixo dianteiro, e 345/30 ZRF21 para o eixo traseiro, bem como nas medidas 265/30 ZRF21 para o eixo dianteiro, e 355/25 ZRF22 para o eixo traseiro, ambas contando com tecnologia run-flat. Esta tecnologia ajuda os condutores a prosseguir a marcha em segurança mesmo após um furo; durante, pelo menos, 80 km, a 80 km/h, com uma pressão de 0 bar, para uma maior tranquilidade dos condutores.

Uma combinação de alta performance também foi desenvolvida, a qual conta com pneus Potenza Sport (versão tubeless, sem câmara) de medida 265/35 ZR20 no eixo dianteiro, e 345/30 ZR21 no eixo traseiro. Tanto as soluções run-flat como tubeless proporcionam um notável desempenho a alta velocidade, uma excelente resposta e precisão da direção, e uma excecional aderência em superfícies secas e molhadas.

Para responder a todas as necessidades dos condutores do Revuelto, pneus de competição Bridgestone Potenza Race, feitos sob medida, estão, igualmente, disponíveis para utilização em pista, ajudando os pilotos a levar aos limites os níveis de aderência e de comportamento; ao passo que os pneus Bridgestone Blizzak LM005 de conceção específica são uma opção para utilização no inverno, proporcionando uma excelente aderência na neve, juntamente com uma direção responsiva, e precisão em superfícies secas e molhadas.

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